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Autocompaixão: Como Priorizar o Seu Autocuidado Sem Culpa.

Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um momento. Um respiro no meio da correria, um pouco de tempo para nós mesmas. Mas, com a rotina sempre acelerada, a verdade é que esses momentos parecem cada vez mais raros, não é? O que percebi, ao longo do tempo, é que não se trata só de encontrar tempo, mas de aprender a se permitir. E isso, acredite, é um exercício de autocompaixão.

A autocompaixão é uma aliada importante no autocuidado feminino.

Outro dia, uma paciente desmarcou – meio em cima da hora – e me vi com uma hora livre. E, em vez de correr para preencher esse espaço com alguma tarefa pendente – porque sempre tenho algo para fazer –, escolhi parar. Deitei no meu sofá azul e, simplesmente, fiz nada. Sem celular, sem distrações. Apenas fiquei ali, comigo mesma.

Esse é um novo hábito que venho tentando cultivar, inspirado pelo livro “Autocompaixão”, da professora e pesquisadora Kristin Neff. Neff fala sobre a importância de nos tratarmos com a mesma gentileza e carinho que ofereceríamos a uma amiga querida. Ela explica que aceitar nossas imperfeições e acolher nossos momentos de vulnerabilidade é essencial para a nossa saúde mental e emocional.

E foi isso que fiz naquela pausa. Em vez de me sentir culpada por “não estar sendo produtiva”, abracei o momento como um gesto de cuidado comigo mesma. O engraçado é que, ao me permitir essa pausa, eu cheguei muito mais inteira ao meu próximo atendimento.

Neff também fala sobre a importância da atenção plena — estar presente, sem distrações, observando nossos pensamentos e sentimentos sem julgá-los. Como ela mesma diz: “Não podemos ignorar nossa dor e sentir compaixão por ela ao mesmo tempo.”

A atenção plena e o autoconhecimento são caminhos de reconexão com você.

Ao negligenciar esses momentos de pausa, acabamos nos distanciando de nós mesmas, o que afeta, inclusive, nossa capacidade de estar presentes para os outros. Essa hora de “nada” me ensinou mais sobre autocompaixão do que qualquer texto que eu poderia ter escrito naquele intervalo.

Precisamos parar de dividir nossa vida entre o pessoal e o profissional como se fossem dois mundos separados. Tudo está conectado. Quando você se permite relaxar e cuidar de si, você se prepara para estar mais presente em todos os momentos da sua vida.

Fez sentido pra você?

 

Respostas de 2

  1. Esse relato, me fez refletir sobre o quanto nós mulheres temos dificuldade de nos permitirmos pausar sem culpa. Em uma sociedade que nos ensina, desde cedo, a sermos sempre produtivas, sempre cuidadoras, sempre disponíveis, tirar um tempo para si parece quase um luxo, quando, na verdade, é uma necessidade.
    Somos rápidas em acolher e entender os outros, mas será que fazemos o mesmo por nós mesmas?

    A experiência vivida nesta tarde em seu confortável sofá azul, me fez pensar no quanto o autocuidado feminino vai além de rituais estéticos ou momentos pontuais, é sobre nossa postura diante da vida, de um compromisso com nosso bem-estar. Escolher parar, sem se sentir culpada, é um ato de resistência contra um sistema que nos exige estar sempre prontas para lutar.

    Então, sim, faz todo sentido que a gente aprenda, cada vez mais, a trocar a culpa pela gentileza. Porque ser gentil consigo mesma também é um ato de poder.

  2. Oie Carol, seu texto me fez refletir sobre o quanto nós mulheres temos dificuldade de nos permitirmos pausar sem culpa. Em uma sociedade que nos ensina, desde cedo, a sermos sempre produtivas, sempre cuidadoras, sempre disponíveis, tirar um tempo para si parece quase um luxo, quando, na verdade, é uma necessidade.
    Somos rápidas em acolher e entender os outros, mas será que fazemos o mesmo por nós mesmas?

    A experiência vivida nesta tarde em seu confortável sofá azul, me faz pensar no quanto o autocuidado feminino vai além de rituais estéticos ou momentos pontuais, é sobre uma postura diante da vida, de um compromisso com nosso bem-estar. Escolher parar, sem se sentir culpada, é um ato de resistência contra um sistema que nos exige estar sempre prontas para lutar.

    Então, sim, faz todo sentido que a gente aprenda, cada vez mais, a trocar a culpa pela gentileza. Porque ser gentil consigo mesma também é um ato de poder.

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